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1.
Brasília; CONITEC; abr. 2018. graf, ilus, tab.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-905573

ABSTRACT

CONTEXTO: A epilepsia é uma doença cerebral crônica caracterizada pela recorrência de crises epilépticas não provocadas. De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde (MS) aproximadamente 30% dos pacientes, tratados adequadamente, continuam a ter crises, sem remissão. O tratamento disponível no SUS inclui os agentes antiepilépticos fenobarbital, fenitoína, primidona, topiramato, lamotrigina, carbamazepina e valproato de sódio. Recentemente foi avaliado e incorporado o levetiracetam. TECNOLOGIA: Lacosamida (Vimpat®). INDICAÇÃO: Terapia aditiva para o tratamento da epilepsia focal em pacientes refratários aos tratamentos prévios já disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). PERGUNTAS: 1) A lacosamida oral como terapia adjuvante é tão segura e eficaz quanto a lamotrigina, topiramato, vigabatrina e gabapentina no tratamento da epilepsia focal em pacientes já submetidos a duas linhas de monoterapia? 2) Qual a efetividade da lacosamida como tratamento adjuvante na epilepsia focal não controlada, em pacientes adultos, em comparação ao uso de esquemas terapêuticos convencionais, quanto à redução da frequência de crises epilépticas, eventos adversos e custos? EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: Não existem estudos de comparação direta entre a lacosamida e outro antiepiléptico. As evidências apresentaram comparações indiretas que apontam similaridade de eficácia e segurança entre a lacosamida e os medicamentos antiepilépticos disponíveis no SUS para o tratamento aditivo de pacientes com epilepsia focal, refratários a monoterapia. AVALIAÇÃO ECONÔMICA: Foi apresentada análise de custo-minimização para o tratamento aditivo da epilepsia focal refratária com lacosamida, porém o custo do tratamento com lacosamida, por paciente, só foi inferior ao custo do tratamento utilizando a vigabatrina. Os demais medicamentos já disponíveis para esta condição apresentam menor custo ao sistema. AVALIAÇÃO DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: A incorporação da lacosamida proporcionaria economia ao sistema de saúde apenas se comparado ao tratamento com vigabatrina. EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL: Em outros países a lacosamida é fornecida para o tratamento da epilepsia focal refratária, em similaridade de condições à carbamazepina, clobazam, gabapentina, lamotrigina, levetiracetam, oxcarbazepina, valproato de sódio ou topiramato, se ocorrer refratariedade ou intolerância ao tratamento em primeira linha. MONITORAMENTO DO HORIZONTE TECNOLÓGICO: Há medicamentos em fase de desenvolvimento clínico para o tratamento da epilepsia focal, com diferentes mecanismos de ação, em estágios avançados de pesquisa clínica. RECOMENDAÇÃO PRELIMINAR: De acordo com o exposto, a CONITEC em sua 62ª reunião, no dia 7 de dezembro de 2017, recomendou a não incorporação da lacosamida no SUS como terapia aditiva em pacientes com epilepsia focal, refratários aos tratamentos prévios com os fármacos antiepilépticos disponíveis. A matéria será disponibilizada em consulta pública. CONSULTA PÚBLICA: Foram recebidas 13 contribuições técnico-científicas e 23 contribuições de experiência ou opinião, sendo quase a totalidade discordante da recomendação preliminar da CONITEC. As contribuições técnico-científicas embasaram-se no fato das comparações indiretas se tratarem da melhor qualidade de evidência disponível, sobre a efetividade da lacosamida em resposta à pergunta de pesquisa realizada. As contribuições de experiência e opinião expressaram o desejo dos participantes em agregar mais um medicamento ao tratamento disponibilizado pelo SUS como uma alternativa a mais para os pacientes refratários. A CONITEC entendeu que não houve evidência adicional e/ou argumentação suficientes para alterar sua recomendação inicial. RECOMENDAÇÃO FINAL: Os membros da CONITEC em 07/03/2018 deliberaram por não recomendar a lacosamida como terapia aditiva em pacientes com epilepsia focal, refratários aos tratamentos prévios com os fármacos antiepilépticos disponíveis no SUS. Foi assinado o Registro de Deliberação nº 335/2018. DECISÃO FINAL: O Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, por meio da Portaria SCTIE/MS nº 20, de 27 de abril de 2018, publicada no DOU nº 82 de 30 de abril de 2018, Seção I, tornou pública a decisão de não incorporar a lacosamida como terapia aditiva em pacientes com epilepsia focal refratários aos tratamentos prévios com os fármacos antiepilépticos disponíveis no SUS no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.(AU)


Subject(s)
Humans , Anticonvulsants/therapeutic use , Epilepsy/drug therapy , Vigabatrin/therapeutic use , Brazil , Drug Resistance , Health Evaluation , Technology Assessment, Biomedical , Unified Health System
2.
Brasília; CONITEC; jul. 2017. graf, ilus, tab.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-908631

ABSTRACT

CONTEXTO: A epilepsia é uma desordem crônica neurológica prevalente, caracterizada por sinais e sintomas característicos (crises convulsivas) associados a descargas elétricas cerebrais anormais. O tratamento da epilepsia geralmente inclui o uso contínuo em longo prazo de medicamentos com efeito anticonvulsivante. No eixo topográfico, as epilepsias são separadas em generalizadas e focais. Este relatório foi elaborado como parte da conduta de revisão do PCDT de epilepsia e tem por objetivo avaliar as evidências de eficácia e segurança do levetiracetam no tratamento de epilepsia focal e generalizada, a fim de embasar a avaliação da CONITEC a respeito de sua incorporação na versão atualizada do PCDT. TECNOLOGIA: levetiracetam (Keppra®). INDICAÇÃO: Tratamento da epilepsia focal e generalizada. PERGUNTA: O uso do levetiracetam em monoterapia ou e em terapia de adição no tratamento de crianças ou adultos com epilepsia, crises focais (parciais) ou generalizadas, é eficaz, seguro e custo-efetivo, comparativamente ao tratamento ativo (antiepilépticos de primeira ou segunda linha previstos no PCDT de epilepsia) ou placebo? EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: há evidências de superioridade do levetiracetam em comparação ao placebo, em terapia de adição, para o tratamento de crises focais e primariamente generalizada em crianças e adultos que não responderam à monoterapia, com magnitude de efeito pequena a moderada, com taxas de resposta maiores entre crianças. Não foram estudados efeitos adversos em longo prazo. Não foi possível estabelecer a relação de eficácia comparativa em relação a outros agentes potencialmente úteis após falha de agentes de segunda linha no tratamento de adição da epilepsia refratária. Mais estudos são necessários para estabelecer sua eficácia em monoterapia. O nível de evidência é muito baixo, pois se trata de ensaios clínicos abertos, com pequeno número de pacientes. AVALIAÇÃO DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: O impacto orçamentário da incorporação do levetiracetam será superior à R$ 29 milhões de reais no primeiro ano, considerando um cenário base onde a assumiu-se que a dose média por paciente seria de 2000mg por dia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há evidências de eficácia e segurança para a utilização do levetiracetam em terapia de adição para tratamento de pacientes com epilepsia focal e epilepsia primariamente generalizada em adultos e crianças com mais de 6 anos (12 anos para crises tônico-clônico generalizadas) que não responderam à monoterapia com anticonvulsivante de primeira linha conforme previsto no PCDT de epilepsia. RECOMENDAÇÃO FINAL: Os membros da CONITEC presentes na 57ª reunião ordinária do plenário realizada nos dias 05 e 06 de julho de 2017, recomendaram por unanimidade a ampliação de uso do levetiracetam para o tratamento da epilepsia conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde. Foi assinado o Registro de Deliberação nº 272/2017. DECISÃO: Incorporado levetiracetam para o tratamento da epilepsia segundo Portaria SCTIE/MS nº 56, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2017.(AU)


Subject(s)
Humans , Anticonvulsants/therapeutic use , Epilepsy/drug therapy , Nootropic Agents/therapeutic use , Piracetam/analogs & derivatives , Brazil , Cost-Benefit Analysis , Technology Assessment, Biomedical , Unified Health System
3.
Brasília; CONITEC; jul. 2017. graf, ilus, tab.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-908633

ABSTRACT

CONTEXTO: A infecção decorrente do Zika vírus vem apresentando possíveis complicações nos pacientes acometidos pela doença desde sua chegada ao Brasil. O Zika possui sintomas semelhantes aos outros flavivírus prevalentes no país, sendo transmitido pelo mesmo mosquito (Aedes aegypti). A doença tem sido associada ao desenvolvimento de microcefalia e alterações neurológicas em filhos de mulheres que tiveram contato com o vírus durante a gravidez, destacando-se relatos de episódios convulsivos. O SUS fornece medicamentos anticonvulsivantes para outras doenças com sintomas de convulsão, como a epilepsia. TECNOLOGIA: LEVETIRACETAM (KEPPRA®). INDICAÇÃO: CONVULSÕES EM PACIENTES PEDIÁTRICOS. PERGUNTA 1: O levetiracetam, em comparação aos tratamentos anticonvulsivantes disponíveis no SUS, é eficaz, efetivo e seguro no controle de convulsões em pacientes com microcefalia? PERGUNTA 2: O Levetiracetam, em comparação aos tratamentos anticonvulsivantes disponibilizados pelo SUS, é eficaz, efetivo e seguro no tratamento de convulsões em pacientes pediátricos com epilepsia? EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: Foi elaborado um Parecer Técnico-Científico seguindo as Diretrizes do Ministério da Saúde. Após duas buscas contemplando os desfechos em questão, foram incluídos três estudos, sendo que dois deles comparavam o levetiracetam com carbamazepina e o último com o ácido valpróico. A análise do risco de viés evidenciou estudos com qualidade moderada. A avaliação conjunta dos estudos não demonstrou eficácia ou efetividade superior do levetiracetam em comparação aos anticonvulsivantes já padronizados pelo SUS. AVALIAÇÃO DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: O custo incremental total estimado para o tratamento com levetiracetam na população pediátrica, com peso médio de 10 kg, foi de R$1.682.535,63 em cinco anos. EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL: O levetiracetam foi incorporado como terapia adjuvante pela agência Inglesa e Escocesa. Pela agência do Canadá, existe o uso em primeira linha em algumas províncias ou em situações especiais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foram realizadas duas buscas para atender ao demandante, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Na primeira, não foi recuperado nenhum estudo e na segunda busca foram recuperados três estudos. Em nenhuma das publicações analisadas foram encontradas evidências da superioridade do Levetiracetam em comparação com a carbamazepina ou o ácido valpróico. DELIBERAÇÃO FINAL: Os membros da CONITEC, presentes na 57ª reunião ordinária, realizada nos dias 5 e 6 de julho de 2017, deliberaram por unanimidade recomendar a ampliação de uso do medicamento levetiracetam para o tratamento de convulsões em pacientes com microcefalia decorrente de infecção pelo vírus zika. Foi assinado o Registro de Deliberação nº nº 271/2017. DECISÃO: Incorporado levetiracetam para o tratamento de convulsões em pacientes com microcefalia segundo Portaria SCTIE/MS nº 38, DE 31 DE AGOSTO DE 2017.(AU)


Subject(s)
Humans , Anticonvulsants/therapeutic use , Microcephaly , Nootropic Agents/therapeutic use , Piracetam/analogs & derivatives , Seizures/drug therapy , Brazil , Cost-Benefit Analysis , Technology Assessment, Biomedical , Unified Health System
4.
Brasília; CONITEC; jul. 2017. graf, ilus, tab.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-908677

ABSTRACT

CONTEXTO: A epilepsia é uma doença cerebral crônica caracterizada pela recorrência de crises epilépticas não provocadas. Conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) vigente do Ministério da Saúde (MS), o tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) inclui os agentes antiepilépticos fenobarbital, fenitoína, primidona, topiramato, lamotrigina, carbamazepina e valproato de sódio. As epilepsias idiopáticas generalizadas são classificadas como síndromes epilépticas. A EMJ é a mais comum dentre as síndromes da adolescência e uma das mais frequentemente diagnosticadas. A maioria dos pacientes com EMJ apresentam bom controle do quadro clínico com a utilização do valproato de sódio em monoterapia, mas na falha ou impossibilidade de seu uso, fármacos como a lamotrigina e o levetiracetam podem ser utilizados. TECNOLOGIA: levetiracetam (Keppra®). INDICAÇÃO: Terapia adjuvante, ou seja em associação com o valproato de sódio, em pacientes com epilepsia mioclônica juvenil (EMJ) resistentes à monoterapia. PERGUNTA: O uso do levetiracetam em regime de terapia adjuvante, é eficaz, seguro e custoefetivo em relação à continuação da monoterapia em pacientes com epilepsia mioclônica juvenil, resistentes a outros agentess antiepilépticos na perspectiva do SUS? EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: A evidência da utilização do levetiracetam associado à tratamento prévio com um agente antiepiléptico para o tratamento da EMJ é baseada em um ensaio clínico duplo-cego que apresentou redução significante de 50% no número de dias por semana com crises convulsivas s (OR = 4,77; IC 95% 2,12 ­ 10,77; p<0,0001 e um maior número de pacientes, que receberam levetiracetam, apresentaram ausência total de crises durante o tratamento (16,7% dos pacientes, p = 0,03, vs 3,3 % do grupo que recebeu placebo). AVALIAÇÃO ECONÔMICA: Foi apresentado um modelo de custo-efetividade comparando a monoterapia com ácido valpróico ao tratamento adjuvante do levetiracetam (associado) ao ácido valpróico. Foi elaborado um modelo baseado primeiramente em uma árvore de decisão, seguido por um modelo de Markov. No caso-base a razão de custo-utilidade incremental (RCUI) foi de R$ 58.294 por ano de vida ajustada pela qualidade, que na análise de sensibilidade univariada variou entre R$ 22.119 e R$ 80.359. Avaliação de Impacto Orçamentário: Conforme as estimativas feitas pelo demandante o impacto orçamentário será de aproximadamente R$ 1,58 milhão no primeiro ano e de R$ 43,6 milhões nos primeiros 5 anos após a incorporação. Na análise de sensibilidade realizada o impacto orçamentário para os próximos 5 anos variou entre R$ 14,5 e R$ 87,3 milhões. EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL: o levetiracetam é utilizado em terapia adjuvante para o tratamento de crises mioclônicas em agências como o National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE) e Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health (CADTH), de acordo com condições estabelecidas Discussão: A evidência do tratamento com levetiracetam em pacientes resistentes à monoterapia padrão, associado ao medicamento já utilizado, ocasionou em redução significante de pelo menos 50% no número de dias por semana com crises convulsivas e um maior número de pacientes apresentaram ausência total de crises convulsivas durante seu período de seguimento. Porém trata-se de evidência indireta e de baixa qualidade. Os estudos para essa indicação da tecnologia são escassos e há baixa probabilidade de novos estudos serem realizados. A avaliação econômica foi custo-efetiva na adição do levetiracetam ao medicamento previamente utilizado em monoterapia, em pacientes resistentes, com um impacto orçamentário de até R$ 87,3 milhões em 5 anos, de acordo com a análise de sensibilidade. A secretaria executiva da CONITEC estimou o número de pacientes, que considera mais adequada para o cálculo, que foi 7,8% maior que a população considerada na análise do demandante, o que levaria a um impacto orçamentário ainda maior. RECOMENDAÇÃO DA CONITEC: A CONITEC em sua 54ª reunião no dia 06 de abril de 2017, recomendou preliminarmente a incorporação no SUS do levetiracetam como terapia adjuvante em pacientes com epilepsia mioclônica juvenil resistentes à monoterapia, condicionada à redução de preço e consonância com a atualização do PCDT de Epilepsia. Consulta pública: Foi realizada a Consulta Pública nº 22/2017, entre os dias 25/04/2017 e 16/05/2017 e recebeu 105 contribuições, sendo 88 sobre experiência ou opinião e 17 técnicocientíficas. Todas as contribuições foram avaliadas quantitativamente e qualitativamente. Seu conteúdo não trouxe novas evidências e informações que pudessem modificar a recomendação inicial da CONITEC. DELIBERAÇÃO FINAL: Os membros da CONITEC presentes na 56ª reunião ordinária do plenário do dia 07/06/2017 deliberaram, por unanimidade, por recomendar a incorporação do levetiracetam para pacientes com epilepsia mioclônica juvenil (EMJ) resistentes à monoterapia, associando-o ao medicamento já utilizado, condicionado à negociação de preço e conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde. Foi assinado o Registro de Deliberação nº 264/2017.(AU)


Subject(s)
Humans , Anticonvulsants/therapeutic use , Epilepsies, Myoclonic/drug therapy , Nootropic Agents/therapeutic use , Piracetam/analogs & derivatives , Brazil , Chemotherapy, Adjuvant , Cost-Benefit Analysis , Health Evaluation/economics , Technology Assessment, Biomedical , Unified Health System , Valproic Acid/therapeutic use
5.
Brasília; CONITEC; fev. 2017. tab, graf.
Monography in Portuguese | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-837209

ABSTRACT

Contexto: A epilepsia é uma doença cerebral crônica causada por diversas etiologias e caracterizada pela recorrência de crises epilépticas não provocadas. O tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) atualmente inclui as drogas antiepiléticas fenobarbital, fenitoína, primidona, topiramato, lamotrigina, carbamazepina e valproato de sódio, indicadas no Protocolo Clínico do Ministério da Saúde (MS). Pergunta: O uso do levetiracetam em monoterapia é tão eficaz e seguro quanto as demais drogas antiepilépticas (lamotrigina) e topiramato) disponíveis no SUS, por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica - CEAF, para o tratamento de pacientes com epilepsia focal após a falha no tratamento com carbamazepina? Evidências científicas: Não há evidências clínicas para o uso do levetiracetam em monoterapia em crises epiléticas focais para a pergunta de pesquisa estabelecida na presente solicitação de avaliação. Avaliação econômica: Foi apresentada uma análise de custo-minimização seguindo a premissa de que o levetiracetam não possui superioridade clínica sobre os medicamentos oferecidos pelo SUS. Porém o custo de tratamento do levetiracetam é maior do que os tratamentos disponíveis no sistema público. Deliberação final: A análise do conteúdo de todas a contribuições da consulta pública não trouxe elementos que pudessem alterar a recomendação de não incorporação. Assim, os membros da CONITEC recomendaram por unanimidade a não incorporação no SUS do levetiracetam em monoterapia para epilepsia focal em pacientes com falha no tratamento com carbamazepina. Decisão: Não incorporar o levetiracetam em monoterapia para epilepsia focal em pacientes com falha no tratamento com carbamazepina, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. A decisão foi dada pela Portaria SCTIE-MS nº 9 publicada no Diário Oficial da União (DOU) nº 38, de 22 de fevereiro de 2017.


Subject(s)
Humans , Anticonvulsants/therapeutic use , Carbamazepine/therapeutic use , Epilepsies, Partial/therapy , Treatment Failure , Brazil , Cost-Benefit Analysis , Technology Assessment, Biomedical , Unified Health System
6.
Belo Horizonte; CCATES; 2017. tab.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-876458

ABSTRACT

CONTEXTO: Uma epilepsia é definida como uma condição neurológica caracterizada por convulsões epilépticas recorrentes. Uma convulsão epiléptica é a manifestação clínica de uma descarga anormal e excessiva de um conjunto de neurônios no cérebro. A epilepsia deve ser vista como um sintoma de uma doença neurológica subjacente e não como uma entidade isolada. TECNOLOGIA: Levetiracetam. PERGUNTA: Levetiracetam é eficaz e seguro para o tratamento epilepsia? EVIDÊNCIAS: Revisão sistemática com network meta-analyses comparou a tolerabilidade relativa de todos os antiepilépticos em monoterapia para todos os tipos de epilepsia, bem como a sua eficácia na monoterapia da epilepsia focal. Levetiracetam mostrou melhor resultado de eficácia para número de indivíduos livre de convulsão em comparação com fenobarbital e primidona, e para o desfecho descontinuação por ineficácia terapêutica em comparação com pregabalina e gabapentina. Levetiracetam apresentou pior perfil de tolerabilidade quando comparado com clobazam e lamotrigina e melhor perfil de tolerabilidade do que fenobarbital e primidona. Não houve diferenças estatisticamente significativas para eficácia e segurança entre levetiracetam e carbamazepina, fenitoína, valproato, etossuximida, topiramato e vigabrina. CONCLUSÕES: Os medicamentos clobazam e lamotrigina, são medicamentos disponibilizados pelo SUS, que não apresentaram diferenças estatisticamente significantes para eficácia quando comparados com o levetiracetam, mas apresentaram melhor perfil de segurança.


Subject(s)
Humans , Anticonvulsants/therapeutic use , Epilepsy/drug therapy , Pyrrolidinones/therapeutic use , Cost-Benefit Analysis , Technology Assessment, Biomedical , Treatment Outcome
7.
Belo Horizonte; CCATES; 2014.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-879121

ABSTRACT

TECNOLOGIA: Medicamentos e produtos à base de Cannabis sativa. INDICAÇÃO: Tratamento da epilepsia na síndrome de Rett. CARACTERIZAÇÃO DA TECNOLOGIA: Extratos enriquecidos com canabidiol e com baixo teor, no máximo 1%, de delta-9-tetrahidrocanabinol (THC). PERGUNTA: Medicamentos a base de Cannabis sativa são eficazes e seguros para o tratamento da epilepsia em pacientes com síndrome de Rett comparados com anticonvulsivantes disponíveis no SUS? BUSCA E ANÁLISE DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: Foram pesquisadas as bases The Cochrane Library (via Bireme), Medline (via Pubmed), LILACS, Centre for Reviews and Dissemination (CRD) e Tripdatabase com objetivo de encontrar estudos que avaliassem medicamentos a base de Cannabis sativa no tratamento da síndrome de Rett. Foram buscadas também avaliações de tecnologias em saúde (ATS) em sites de agências internacionais e na REBRATS. Foi realizada uma busca complementar por ensaios clínicos sobre o tratamento de epilepsia com medicamentos contendo teores conhecidos de canabidiol em preparações com base na planta. RESUMO DOS RESULTADOS DOS ESTUDOS SELECIONADOS: Não foram identificados estudos que atendessem aos critérios de participante (pacientes diagnosticados com síndrome de Rett com episódios de epilepsia), intervenção (medicamentos a base de Cannabis sativa), comparação (placebo, medicamentos para epilepsia na síndrome de Rett - ácido valpróico, carbamazepina, clobazam, clonazepam, etossuximida, fenitoína, fenobarbital, gabapentina, lamotrigina, primidona, topiramato, vigabatrina) e desfecho (melhora psicomotora, redução de crises convulsivas e eventos adversos). Os quatro estudos encontrados pela busca complementar sobre o extrato da planta no tratamento de epilepsia apresentavam amostra pequena, eram de baixa qualidade e inconclusivos: dois apresentaram resultados a favor do uso de canabidiol e dois não apresentaram diferenças entre os grupos avaliados. RECOMENDAÇÕES: A intensidade da recomendação é fraca contra o uso de preparações à base de Cannabis sativa, devido à indisponibilidade de evidências de eficácia e segurança de extratos com alto teor de canabidiol e baixo teor de delta-9-tetrahidrocanabinol. Devido ao alto teor de TCH, recomenda-se fortemente que o extrato não purificado da planta não seja utilizado. Essa posição é pautada na possibilidade de ocorrência de efeitos adversos como déficit no desenvolvimento cognitivo e convulsão.(AU)


TECHNOLOGY: Medicine and products based on Cannabis sativa. INDICATION: Treatment of Rett syndrome. CHARACTERIZATION OF THE TECHNOLOGY: Enriched cannabidiol extracts with low delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) content (up to 1%). QUESTION: Medications based on Cannabis sativa are effective and safe for the treatment of epilepsy in patients with Rett syndrome compared with anticonvulsants available in SUS? SEARCH AND ANALYSIS OF SCIENTIFIC EVIDENCE: We searched The Cochrane Library (via BIREME), Medline (via Pubmed), Lilacs, Centre for Reviews and Dissemination (CRD) and Tripdatabase databases aiming to find studies of Cannabis sativa treatment for Rett syndrome. We also selected Health Technology Assessments (HTA) on sites of international agencies and REBRATS. We also performed an additional search of clinical trials for the treatment of epilepsy with drugs containing known concentrations of cannabinoids extracted from Cannabis sativa. SUMMARY OF RESULTS OF SELECTED STUDIES: No studies met the criteria for participant (patients diagnosed with Rett syndrome with episodes of epilepsy), intervention (medications based on Cannabis sativa), comparison (placebo drugs for epilepsy in Rett syndrome were identified - valproic acid, carbamazepine, clobazam, clonazepam, ethosuximide, phenytoin, phenobarbital, gabapentin, lamotrigine, primidone, topiramate, vigabatrin) and outcome (psychomotor improvement, reduction of seizures and adverse events). The four studies found in the supplementary search on the plant extract usage in the treatment of epilepsy had small sample, were of poor quality and inconclusive: two presented results in of favor the use of cannabidiol and two showed no differences among the groups. RECOMMENDATIONS: The intensity of the recommendation is weak against the use of medicine preparations of Cannabis sativa due to the lack of scientific evidence of efficacy and safety of plat extracts with high concentration of cannabidiol and low concentrations of delta-9-tetrahidrocanabinol. Because of the high concentration of THC, we strongly recommend against the use of the unpurified extract of Cannabis sativa. This position is guided by the possibility of the occurrence of adverse events such as deficits in cognitive development and seizure.(AU)


TECNOLOGÍA: Medicamentos basados en Cannabis sativa. CARACTERIZACIÓN DE LA TECNOLOGÍA: Extractos enriquecidos con canabidiol y de bajo contenido de delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) (hasta el 1%). PREGUNTA: ¿Los medicamentos basados en Cannabis sativa son eficaces y seguros para el tratamiento de la epilepsia en los pacientes con síndrome de Rett en comparación con anticonvulsivos disponibles en el SUS? BÚSQUEDA Y ANÁLISIS DE LA EVIDENCIA CIENTÍFICA: Se realizaron búsquedas en las bases de datos The Cochrane Library (via BIREME), Medline (via Pubmed), Lilacs, Centre for Reviews and Dissemination (CRD) con el objetivo de encontrar estudios que evaluaron medicamentos que contienen Cannabis sativa en el tratamiento del síndrome de Rett. Comentarios de tecnologías sanitarias (ATS) en los organismos internacionales y los sitios REBRATS. Se realizó una búsqueda adicional en ensayos clínicos para el tratamiento de medicamentos para la epilepsia que contienen concentraciones conocidas de los canabinoides en las preparaciones a base de plantas. RESUMEN DE LOS RESULTADOS DE LOS ESTUDIOS SELECCIONADOS: No se identificaron estudios que cumplieran con los criterios de los participantes (pacientes con diagnóstico de síndrome de Rett con episodios de epilepsia), intervención (medicamentos basados en Cannabis sativa), fármacos de comparación (placebo para la epilepsia en el síndrome de Rett - ácido valproico, carbamazepina, clobazam, clonazepam, etosuximida, fenitoína, fenobarbital, gabapentina, lamotrigina, primidona, topiramato, vigabatrina) y el resultado (mejora psicomotriz, la reducción de las convulsiones y los eventos adversos). Los cuatro estudios encontrados en la búsqueda suplementaria acerca del extracto de la planta en el tratamiento de la epilepsia tenía pequeña muestra, eran de mala calidad y poco concluyentes: dos estudios presentaron resultados que favoreceron el uso de canabidiol y dos no mostraron diferencias entre los grupos. RECOMENDACIONES: La intensidad de la recomendación es débil contra el empleo de preparados de Cannabis sativa, debido a falta de pruebas de eficacia y seguridad del extracto con alto contenido de canabidiol y bajo contenido de delta-9- tetrahidrocanabinol. Debido al alto contenido de THC no recomendamos fuertemente la utilización de extractos no purificados de Cannabis sativa. Esta posición se basa en la posibilitad de ocurrencia de efectos adversos, como los déficits en el desarrollo cognitivo y la incautación.(AU)


Subject(s)
Humans , Anticonvulsants/therapeutic use , Cannabis/therapeutic use , Epilepsy/drug therapy , Rett Syndrome , Unified Health System , Cost-Benefit Analysis , Technology Assessment, Biomedical , Treatment Outcome
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